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O comando distrital de Bragança da GNR recusou participar na captura de cães na zona do Cachão por entender que a proposta feita pela Câmara Municipal de Mirandela aos militares constituía "crime".

A operação com início previsto para segunda-feira - como aqui já tinhamos dado conta - foi entretanto cancelada, com a autarquia a alegar falta de "solidariedade institucional" por ser a única disponível para a captura determinada pela Direcção Geral de Veterinária (DGV).

Em declarações à Lusa, o comandante distrital da GNR, Sá Pires, garantiu que "os militares da Guarda estão sempre disponíveis para ser parceiros na resolução de problemas às populações, mas não podiam aceitar a proposta de todo bizarra que foi feita".

Segundo contou, o destacamento de Mirandela da GNR, foi contactado "pelo departamento do ambiente da Câmara de Mirandela que propôs que os militares fossem lá e abatessem os cães com as suas armas".

"É evidente que achamos que isto é crime e que não estamos disponíveis", declarou, acrescentando que a GNR propôs a "única alternativa legal para esta operação, mas até ao momento ainda não obteve resposta da autarquia".

O comandante Sá Pires disse que a GNR recomendou que a captura fosse feita de acordo com as regras, que é "capturar os cães com redes e, em caso de dificuldade acrescida, disparar dardos com sedativos para imobilizar o animal".

Nestes casos, acrescentou, os cães seriam recolhidos pelo canil, onde teriam de ficar em quarentena, para adopção, se reunissem condições, ou abatidos de acordo com as normas.

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