Correio da Manhã

Ciência: Criar um Fígado ou um rim será possível em 2025

Células fazem órgãos

Fazer um coração novo depois de um enfarte do miocárdio poderá ser uma realidade dentro de 15 anos graças à utilização das células estaminais. Mas também um fígado de um doente alcoólico ou os ossos de uma pessoa com osteoporose podem ser reconstruídos a partir destas células. Cenários que quase se confundem com ficção científica foram apresentados no congresso internacional ‘Células Estaminais em Biotecnologia e Saúde’, que terminou ontem, no Biocant Park, em Cantanhede.
Os investigadores Rui Reis (à esquerda) e Ian Rogers defendem a criopreservação de células estaminais: "Daqui a sete anos alguns tratamentos já serão uma realidade, e daqui a 15 vai haver coisas incríveis", afirmou Rui Reis, presidente da assembleia geral da Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular (SPECE-TC), falando na criação de "órgãos inteiros, como fígados e rins, em laboratório" e na "reconstrução de ossos ou de uma mama afectada pelo cancro".
Queimaduras graves, problemas cardíacos complicados, doenças incuráveis como Alzheimer, Parkinson ou a diabetes crónica são outras das doenças em que as células estaminais - que podem ser retiradas do sangue do cordão umbilical, do líquido amniótico ou até da gordura – podem ser aplicadas.

Considerando que esta é uma área de investigação "apelativa", Rui Reis salienta que há uma comunidade "do melhor que existe no Mundo" a trabalhar para que as células estaminais tenham "impacto na saúde e na qualidade de vida das pessoas". Por isso, o investigador da Universidade do Minho, que trabalha em medicina regenerativa e está a fazer testes de reconstrução óssea em animais, defende que "faz todo o sentido" investir na criopreservação de células estaminais do sangue do cordão umbilical.

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