Primeira Bolsa de Valores Sociais da Europa arranca em Portugal
A primeira Bolsa de Valores Sociais da Europa nasce, esta segunda-feira, em Portugal. O objectivo é ajudar as instituições de acção social a conseguirem angariar mais fundos, através de donativos em forma de acções.
Em Portugal, foram escolhidas quatro organizações para iniciar a Bolsa de Valores Sociais, cujo nome só será revelado esta segunda-feira ao final da tarde, quando a iniciativa for apresentada pela Fundação Calouste Gulbenkian, Euronext Lisbon e Fundação EDP, no Museu da Electricidade, em Lisboa.
As organizações envolvidas inicialmente desenvolvem actividades no apoio a toxicodependentes, crianças com um síndrome ainda não revelado, projectos de biodiversidade e de avaliação do impacto social.
Uma organização apresenta um projecto, com a verba que necessita para o concretizar, sendo que cada investidor tem de comprar no mínimo dez acções, a um euro cada. Depois, cada investidor pode acompanhar na bolsa a forma como o dinheiro é aplicado e o impacto social atingido.
Os investidores não têm retorno financeiro, mas podem abater o valor investido no IRS, explicou à TSF Celso Grecco, autor da ideia, que nasceu junto da Bolsa de Valores de S. Paulo, no Brasil.
Celso Grecco explicou que 100 por cento do valor investido chega directamente ao projecto escolhido pelo investidor.
Segundo o autor da ideia, no Brasil, a Bolsa de Valores Sociais já apoiou cerca de uma centena de projectos, no valor de quatro milhões de euros, e conta com 25 projectos cotados simultaneamente.
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