Unidos pelo romantismoPrimeiro encontro gótico do Porto animou Pavilhão Rosa Mota. Aberto a quem queira perceber IVETE CARNEIRO A mentalidade gótica não é tão negra quanto se julga. Diz Marlene. O preto é só uma protecção, um luto pela perda de valores do romantismo. Diz Sérgio. São góticos. Críticos da sociedade. Juntaram-se a muitos outros, ontem, sábado, no primeiro Encontro Gótico do Porto. Liliana faz arte em metal. No folheto de apresentação da obra que expôs no encontro do Palácio de Cristal, tem um código de barras. É para alertar contra os rótulos com que são estigmatizados os que são diferentes. "Não somos mercadoria. Somos humanos". Com uma forma própria de estar na vida e na sociedade: de luto por ela ter esquecido valores como a cordialidade, a simpatia, o respeito, o espírito de ajuda. Diz Sérgio. Pela não-violência. Mas tudo isso contrasta com a agressividade da imagem, não? Sim. A imagem é isso mesmo. A crítica, sob a forma de arte. De rótulo. Mas um rótulo que não é o que "as pessoas" percebem. "Associam-nos muitas vezes a satanismo, a movimentos mais negros da religião". Diz Liliana. E é "tudo falso". Mesmo que cultivem o lado negro das coisas. Da roupa e não só. Dos espaços. Como aquelas ruas abandonadas do Porto que Liliana, outra, fotografa. Lugares onde, antes de haver espaços góticos, os góticos e subgéneros se juntavam para sentar-se e dar à letra. Só. Romantismo. |
Índia: restaurante coloca frigorífico na rua para que sem-abrigo possam tirar as sobras Quando a proprietária de um restaurante de Kochi, na Índia, viu uma mulher sem-abrigo a comer de um caixote do lixo, ao lado do estabelecimento, teve uma ideia: colocar um frigorífico na entrada do Pappadavada, para que os sem-abrigo se pudessem servir em segurança e, paralelamente, o restaurante reduzisse o desperdício alimentar. O frigorífico está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, e todos se podem servir dele. Para além dos alimentos que, ainda que confeccionados, não são ingeridos pelos clientes ou colaboradores do restaurante, o frigorífico recebe várias refeições por lá colocadas por anónimos. Segundo Minu Pauline, citada pelo La Repubblica, o Pappadavada é responsável pela colocação de 75 a 80 refeições por dia no frigorífico. “O dinheiro é nosso. Mas os recursos pertencem à sociedade”, expli...
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