PÚBLICO

Investigadores do IMM e IGC recebem bolsas da Fundação Gates

Ideias portuguesas contra a malária postas à prova

Por Nicolau Ferreira

Uma vacina e um estimulante imunitário que podem evitar a morte das crianças. Dois projectos vindos de laboratórios portugueses conseguiram cumprir os rigorosos critérios da Fundação Bill & Melinda Gates. E ganharam bolsas. Em ano e meio os primeiros resultados estarão aí. Se resultar, a fundação pode injectar fundos a sério, no valor de um milhão de dólares.


A protecção imunitária atravessa as ideias ousadas de Miguel Prudêncio e Miguel Soares que conquistaram os júris da Fundação Bill & Melinda Gates. Os projectos receberam, para já, bolsas de cem mil dólares para o desenvolvimento de uma vacina e para a estimulação da imunidade em crianças - a faixa etária em que mais se morre desta doença.

De onde nasceram estas ideias?

Há seis anos Miguel Prudêncio, 39 anos,abandonou a bioquímica molecular e mergulhou no estudo do parasita que causa a malária - o Plasmodium. Para sermos infectados com o Plasmodium falciparum (a mais perigosa das espécies que causam malária no homem) é necessário sermos picados pelo mosquito Anopheles. Prudêncio não só foi picado como, sem querer, já se picou com glóbulos vermelhos que carregam o parasita. O cientista estava a trabalhar com o Plasmodium berghei, a espécie de parasita que ataca os ratinhos mas que é muito promíscuo in vitro, ou seja, infecta células de várias espécies.

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