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Milhares nas ruas de Londres pelo direito de vestir roupa provocante
Milhares de mulheres manifestaram-se em Londres pelo direito de se vestirem de forma provocante. A "Marcha das Descaradas", que até contou com a participação de alguns (poucos) homens, serviu também para protestar contra as agressões sexuais.
foto CARL COURT / AFP |
Milhares de mulheres manifestaram-se pelo direito de se vestirem de forma provocante |
O movimento "slut walk", - algo como a "marcha das descaradas" -, surgiu no Canadá em reacção a afirmações de um polícia de Toronto que, em Janeiro, aconselhou as mulheres a deixarem de se vestir de forma provocante se não quiserem ser vítimas de agressões.
Entre os cartazes levados pelas manifestantes, que coloriram as ruas centrais de Londres, de Piccadilly Circus a Trafalgar Square, estavam mensagens como "Mulheres contra as violações" e "Somos todas camareiras", aludindo às suspeitas que recaem sobre o ex-director do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan, acusado de agredir sexualmente uma trabalhadora de um hotel em Nova Iorque.
"Reservo-me o direito de vestir como eu quiser", declarou Rachel Sullivan, de 35 anos, que trajava calças de ganga e uma camisola com alguns botões desabotoados.
foto Olivia Harris/Reuters |
Mais audaz, uma estudante de 27 anos, Liz Kedde, pôs um vestido transparente que normalmente só usaria "à noite e dentro de casa", afirmando que "é muito importante mostrar que o corpo das mulheres não está à disposição".
Vários homens participaram na manifestação, como Andy Fell, de 27 anos, que quis demonstrar "solidariedade" com a sua namorada numa causa que afirmou "partilhar totalmente".
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