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Aprender para não discriminar


Ensinar as crianças a não discriminar pessoas com doenças raras é um dos objectivos do projecto que arrancou ontem num colégio em Lisboa e pretende "informar sem dramatizar" sobre um problema que atinge mais de 600 mil pessoas em Portugal, começando assim por sensibilizar os mais novos.

Durante uma hora e dentro de uma sala de aula, alunos do 2.º ciclo vão ouvir falar sobre doenças raras. A maioria destas crianças nunca contactou com esta realidade e, por isso, as "aulas" podem ser dadas por profissionais de saúde, mas também por doentes, que estão ali para dar um "testemunho na primeira pessoa", que será uma forma bem real de mostrar aos jovens como certas doenças afectam pessoas de todas as idades.

"O programa pretende abordar o tema e ensinar as crianças a integrar outras crianças que podem ser diferentes nas escola e noutros locais onde elas possam estar", explicou à agência Lusa a presidente da Aliança Portuguesa de Associações das Doenças Raras (APADR), Ana Rita Dagnino, que acredita que os alunos podem ser "veículos positivos para os seus pais e para a comunidade em que se inserem".

A iniciativa "Raras com Sentido - Informar sem Dramatizar" é uma ideia da APADR, que quer "desconstruir mitos" e "reduzir o desconhecimento que ainda existe sobre o tema" que leva muitas vezes a actos de discriminação.

Ana Rita Dagnino lembra que entre os jovens e adultos ainda existe um grande estigma relacionado com as doenças raras. "O medo e o desconhecimento são as causas mais frequentes para a actual situação", defendeu.

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