"Não tenho de me envergonhar de ser vítima"JOANA CARNEIRO Casou com 20 anos. Queria ser feliz. Nunca o foi. A violência começou ainda no namoro, "Foi só um estalo". Mas esse "só" foi a primeira gota de uma tempestade. O olhar de "Maria" contrasta com a cor viva da camisola. Auxiliar de acção educativa, não tem "grandes estudos". Já não tem vergonha da sua história, apenas de a ter vivido. "Não tenho de me envergonhar de ser vítima", tenta convencer-se. Casada com um camionista, diz nunca ter sabido o que era um carinho. "Só sexo. Era o que ele queria". O sexo foi a razão de todas as tormentas. Sempre que recusava relações, o inferno (re)começava, "Queria sexo e tinha de tê-lo". Tiveram dois filhos. Para o marido, eram só duas bocas para alimentar: "nunca lhes faltou com nada". Faltou carinho. Sobrava medo. "Bastava ele falar para eu estremecer". Agora, já não treme. Nunca deixou a família perceber a tempestade que pairava sobre ela. Por vergonha. Sem sucesso. "Os meus filhos têm memórias do pai a bater-me desde novinhos". É a maior tristeza de "Maria", ter legado à infância dos filhos o sofrimento da mãe: "Não perdoam o pai". Mas optou sofrer para ter dinheiro para os criar. Dinheiro sempre foi o ponto de controlo do marido. Para "Maria", o sol nasceu depois da separação. Sente-se "uma mulher livre e leve". Quer uma vida calma, gostava de se apaixonar, "de saber o que é ter carinho". Ao olhar para trás, a alegria pelos filhos colide na tristeza da voz: "Vivi 26 anos com um louco". |
ZAP Ouvir 30 segundos de uma sonata de Mozart pode reduzir ataques de epilepsia Por Daniel Costa - 19 Setembro, 2021 Otto Erich / Wikimedia Wolfgang Amadeus Mozart, por Barbara Krafft (1764–1825) Ouvir a Sonata para Dois Pianos em Ré Maior (K448), de Wolfgang Amadeus Mozart, durante pelo menos 30 segundos, ajuda a reduzir a atividade elétrica cerebral associada à epilepsia resistente a medicação. Os resultados também sugerem que as respostas emocionais positivas à K448 podem contribuir para os seus efeitos terapêuticos . As conclusões são de um novo estudo publicado na revista Scientific Reports . Um estudo anterior já mencionava as qualidades terapêuticos desta sonata , mas não se sabia o impacto da duração da música e as razões que justificam este fenómeno, escreve o Medical Xpress . Em 1993, investigadores já tinham relatado que depois de estudantes universitários ouvirem esta sonata de Mozart durante dez minutos, eles mostraram ...
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