Lares bloqueiam a capacidade de decisão dos mais velhos, incentivando o declínioAna Cristina Gomes * Para terem um envelhecimento activo, os idosos não devem abdicar da capacidade de decisão e, para isso, a institucionalização não é o melhor caminho, alerta a investigadora Constança Paúl. "É fundamental que as pessoas não abdiquem do seu direito decidir. Fazer tudo pelos idosos é extremamente negativo, porque estamos a colocá-los numa posição de passividade e desuso das suas capacidades, incentivando o declínio", afirmou à Lusa a especialista em envelhecimento activo, a propósito do Dia Mundial da Terceira Idade, que se assinala quarta-feira. Quando os idosos são colocados em lares, deixam de ter opinião sobre as mais diversas matérias (da ementa das refeições à forma como ocupam o tempo) e isso "impede que se mantenham activos", esclarece a coordenadora da Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos. Não é que a institucionalização seja um erro (e nem sequer são muitos os idosos em lares - a investigadora diz que não devem ultrapassar os quatro por cento). O problema é que os lares deviam ser "uma solução de último recurso, para níveis de incapacidade muito elevados". "A política devia ser claramente incentivar a autonomia e a manutenção das pessoas no domicílio", sugere a professora do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto. No entanto, fazer obras na casa de um idoso não é coisa que dê "visibilidade política ou social". "Se uma pessoa está numa casa com más condições, para lá ficar é preciso fazer obras. Arranjar a casa de banho do sr. Francisco não dá votos a ninguém. Eu acho que era um dinheiro optimamente gasto. Mas a solução é: se não tem condições, institucionaliza-se", refere. Existe ainda outro problema: o desgaste dos cuidadores informais. "Uma ideia que se está a tentar implementar é a das institucionalizações de alívio. Se um familiar está a cuidar de um idoso a tempo inteiro, necessita de umas férias de vez em quando. Se puder institucionalizar o idoso apenas durante o descanso, evitamos a institucionalização definitiva, porque a pessoa aguenta, aguenta, e a dada altura não aguenta mais", sublinha a professora. Para além disso, devia existir "muito mais e muito melhor apoio domiciliário", que, actualmente, é "demasiado assistencialista e leve". A professora admite que Portugal ainda não tem a "cobertura necessária dos serviços básicos", mas considera que está na altura de o país dar um salto qualitativo. A sugestão é avançar "numa perspectiva de optimização das condições de envelhecimento", com "trabalhos de intervenção comunitária ao nível do bem-estar e do ânimo". Ao deixar que os outros decidam por si, os idosos vão ficando alheados do mundo - a tese de doutoramento de Constança Paúl, feita há 20 anos, comprovou isso mesmo, ao comparar idosos institucionalizados e a viver na comunidade. "Ao entrar para as instituições, as pessoas deixavam de ter de pagar o pão, perdiam a capacidade de gerir o dinheiro e fazer trocos. Para elas, deixa de ser relevante o Governo que está no poder ou o preço da pensão, porque, no fundo, isso já não interfere directamente na sua vida", descreve. Pelo contrário, as outras "refilam contra o Governo e o preço do pão, e estão activas". Mesmo em relação às famílias, "há tendência para infantilizar e retirar poder de decisão aos idosos", mas "é absolutamente central não permitir que os outros tomem decisões por nós", afirma. * Agência Lusa |
Correio da Manhã No programa ‘China’s Got Talent’ Chinês sem braços emociona ao tocar piano com os pés Os casos de talento inesperado continuam a surpreender plateias em programas de televisão. Desta vez, na China, um jovem de 23 anos sem braços surpreendeu tudo e todos no programa ‘China’s Got Talent’ (o equivalente ao britânico que descobriu Susan Boyle) ao tocar piano com os dedos dos pés. Por: R.P.V. Liu Wei levou jurados e plateia às lágrimas com a sua interpretação do clássico ‘Mariage d’Amour’, de Richard Clayderman. Ao contar o seu caso, o concorrente explicou que perdeu os braços aos dez anos quando tocou num cabo de alta tensão durante um jogo de ‘escondidas’. “Para pessoas como eu, há duas opções. Uma é esquecer todos os sonhos, o que levaria a uma morte rápida e sem esperança, a outra é lutar sem braços para viver uma vida maravilhosa”, explicou Liu Wei no programa. Liu começou a dedicar-se ao piano com 18 anos e acabou por criar um estilo único, agora conhecid
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Reformado e gerente da Ao Redor-Formação Profissional, Lda
Ver www.aoredor.org; www.aoredor.net; http://sites.google.com/site/avoltadenet http://aoredores.blogspot.com/ http://palcoprincipal.sapo.pt/user/viriatopina
Como quero amar e adorar a DEUS e amar o próximo, gostaria de conhecer todas as pessoas que existem em todo o mundo. Como não é, DE TODO, possível, vou criando o meu próprio universo e já tenho perto de 900.000 E-mails, pelos quais envio: publicidade, simplicidade, desejos de afecto, paz, amor, abundância e muito mais...e, por vezes, uma ou outra "gafe".
Como se deve desenvolver também o corpo, todos os dias, durante algum tempo, dedico-o a tratar
das hortas, árvores, etc..
Sinto-me criativo e feliz.
Concordo, em absoluto, com este artigo.
Viriato Pina