Cerca de 40 portugueses participaram em acto de apoio à Aminatu Haidar

Cerca de 40 portugueses participaram na manifestação de apoio à activista Aminatu Haidar e ao direito de autodeterminação do povo sarauí, que decorreu no sábado, em Madrid.

"Foi uma manifestação de apoio importante não só do ponto de vista da afirmação dos direitos humanos, mas também da autodeterminação do povo sarauí", declarou hoje, domingo, à Lusa António Baptista da Silva, presidente da Associação de Amizade Portugal-Saara Ocidental.

"Estiveram presentes na manifestação quarenta portugueses, entre estes representantes da Juventude Socialista, da Fenprof, da CGTP, pessoas ligadas ao meio católico e outras organizações portuguesas", disse o presidente da associação.

Segundo Baptista da Silva, "a manifestação correu muito bem, com a participação de muitos sarauís, que vieram de várias partes de Espanha. Houve uma certa desmobilização na estrutura de solidariedade, mesmo porque a Aminatu já retornou à casa, mas de qualquer forma correu bem".

O presidente da Associação de Amizade Portugal-Saara Ocidental referiu ainda que "a manifestação de apoio à causa sarauí decorreu na Praça de Cibeles, no centro Madrid, e contou com a participação de cerca de 1000 pessoas no total".

Apesar da activista ter regressado à casa, em El Aaiun (capital do Saara Ocidental), na sexta-feira, as várias plataformas de solidariedade espanholas responsáveis pela manifestação decidiram manter o acto de solidariedade previsto para o sábado passado.

A recusa da activista pró-independência do Saara Ocidental em reconhecer a nacionalidade marroquina em 13 de Novembro esteve na origem da sua expulsão de Marrocos, em direcção a Lanzarote (Espanha), onde iniciou uma greve de fome de 33 dias, até garantir o seu regresso à capital sarauí. Na ocasião, o seu passaporte também foi confiscado.

Antiga colónia espanhola, o Saara Ocidental foi anexado por Marrocos em 1975. Apesar das tentativas de mediação nas Nações Unidas, mantém-se o impasse entre as duas partes: Rabat, que propõe uma ampla autonomia, e a Frente Polisário, que reivindica a independência.

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